terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O que é Papiloscopia

Papiloscopia é a ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas presentes na palma das mãos e na sola dos pés (impressões digitais).
A palavra papiloscopia é uma mistura greco-latina (papilla = papila e skopêin = examinar). O papiloscopista é o profissional que trabalha com essa ciência.

Divisões da Papiloscopia

  • Datiloscopia: É o processo de identificação através das impressões digitais (daktilos = dedos e skopêin = examinar);
  • Quiroscopia:  É o processo de identificação por meio das impressões palmares, ou seja, da palma das mãos;
  • Podoscopia: É o processo de identificação por meio das impressões das plantas dos pés.

Função do Papiloscopista

  • Coleta e arquivamento das impressões digitais;
  • Controle e execução de trabalhos periciais papiloscópicos relativos ao levantamento, coleta, análise, codificação, decodificação e pesquisa de padrões e vestígios papilares;
  • Perícia de Prosopografia (descrição de uma pessoa - envelhecimento, rejuvenescimento e reconstituição facial);
  • Realização de estudos e pesquisas técnico científicas, visando a identificação humana;
  • Pode redigir laudos papiloscopicos que são reconhecidos em julgamentos e exumação de corpos para identificação.
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  • O sistema de classificação idealizado por Juan Vucetich consiste em quatro tipos fundamentais a saber:

    Arco (fig. 22): é o datilograma, geralmente adéltico, formado por linhas que atravessam o campo digital, apresentando em sua trajetória formas mais ou menos paralelas e abauladas ou alterações características. É representado pela letra A para os polegares e número 1 para os demais dedos.
    Presilha interna (fig. 23): é o datilograma com um delta à direita do observador, apresentando linhas que, partindo da esquerda, curvam-se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. É representado pela letra I para os polegares e o número 2 para os demais dedos.
    Presilha externa ( fig. 24): é o datilograma com um delta à esquerda do observador, apresentando linhas que, partido da direita, curvam-se e voltam ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas. É representado pela letra E para os polegares e o número 3 para os demais dedos.
    Verticilo ( fig. 25): é o datilograma com um delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma linha livre e curva à frente de cada delta. É representado pela letra V para os polegares e o número 4 para os demais dedos.
    Arquivamento
    No sistema de Vucetich, o arquivamento é do tipo decadactilar, ou seja, são utilizadas as impressões dos dez dedos das mãos do indivíduo para a classificação e arquivamento.
    Essas impressões são coletadas e dispostas em uma ficha específica (fig. 26) que contém em um dos lados dez campos na seqüência polegar, indicador, médio, anular e mínimo, sendo os cinco da mão direita em cima e os cinco da mão esquerda em baixo tendo para cada um dos dedos três campos na parte superior onde é registrado o tipo fundamental, o sub-tipo e a contagem das linhas de cada dedo respectivamente.
    No verso da ficha, é colocado a qualificação do identificado, ou seja, nome, filiação, data de nascimento etc., e a seqüência dos dedos indicador, médio, anular e mínimo de cada uma das mãos, unidos em uma única impressão, bem como a impressão de cada um dos polegares nos locais determinados. Esse procedimento serve para conferir a seqüência das impressões dos dedos coletada no anverso da ficha.
    A disposição das impressões digitais na ficha forma a ID, (individual dactiloscópica) que baseada nos tipos forma uma fração alfanumérica sendo letras para os polegares e números para os demais dedos. Exemplo: V1343 / V2122 (fig.. 27).
    O arquivamento das fichas é baseado na fórmula dactiloscópica da ID (individual dactiloscópica) sendo sua distribuição feita da seguinte forma:
    Primeira divisão: forma-se 4 grupos independentes de fichas com base no tipo fundamental encontrado no polegar direito. Exemplo: grupo A, grupo I, grupo E , grupo V.
    Segunda divisão: dentro de cada grupo, forma-se sub-grupos com base no tipo fundamental do polegar esquerdo. Exemplo:
    1º Grupo A - A/A, A/I, A/E, A/V;
    2º Grupo I - I/A, I/I, I/E, I/V;
    3º Grupo E - E/A, E/I, E/E, E/V e
    4º Grupo V - V/A, V/I, V/E, V/V.
    Terceira divisão: dentro de cada subgrupo segue-se a ordem crescente da fração numérica formada pelos tipos dos dedos, indicador, médio, anular e mínimo. Exemplo:
    1º- 1111/1111, 2º-1111/1112 , 3º-1111/1113, 4º-1111/1114, 5º-1111/1121, 6º-1111/1122, ... .....256º- 1111 / 4444, 257º- 1112 / 1111, 258º- 1112 / 1112, ..............65.536º- 4444 / 4444.
    Por exemplo, uma ficha dactiloscópica com a seguinte fórmula V3321 / I4233:
    Coloca-se a ficha no grupo V (arquivo destinado às fichas que possuem impressão digital do tipo verticilo no polegar direito);
    Dentro deste grupo V, coloca-se a ficha no sub-grupo I (posição destinada às fichas que possuem impressão digital do tipo presilha interna no polegar esquerdo) e;
    Figura 28: Desenho representando um arquivo decadactilar e a localização de uma ficha.
    Finalmente, dentro do sub-grupo I, coloca-se a ficha na posição correspondente à fração numérica 3321/4233 que estará entre os extremos 1111/1111 e 4444/4444 (fig. 28).
    Com este sistema de arquivamento, formamos 4 grupos com os polegares direito, contendo 4 subgrupos de polegares esquerdos em cada grupo e 65.536 combinações numéricas formadas pelos demais dedos para cada subgrupo, perfazendo um total de 1.048.576 combinações possíveis.
     

Um comentário:

  1. Deus marcou a mão dos homens de forma única, para que no dia do julgamento seus atos não sejam omitidos ou suplicados pelo mesmo.

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